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sábado, 25 de julho de 2009

Meu primeiro selo!



Fui indicada pela Valenpatch:

http://www.valenpatch.blogspot.com/

Obrigada!

Regras:

1 - Exibir a imagem do selo que acabou de ganhar;

2 - Postar o nome do blog que te presenteou;

3 - Indicar 10 blogs de sua preferência. Avisar os indicados e publicar as regras;

4 - Confira se os blogs indicados cumpriram as regras.

Meus blogs indicados são:

1- Blog Da Valen

http://www.blogdavalen.blogspot.com/

2- Arte & Cia

http://www.arteecia-sasa.blogspot.com/

domingo, 19 de julho de 2009

Terceira aula: História do tecido

A história do tecido documenta a evolução das culturas humanas do seu estado nômade para a formação das comunidades civilizadas que fizeram nascer os grandes impérios da antiguidade.


O volume dos tecidos, seu luxo e a procedência das fibras, sempre foram sinônimo de status e poder.

Nos antigos impérios, os trajes reais, os sacerdotais e as vestes dos guerreiros, marcam esta condição, que está bem registrada no nosso primeiro documento, que é a Bíblia.

Nele, podemos ver para além da função, o valor de sagrado impresso no tecido.
É sabido que cada tecido tem a sua história; e o que fascina o estudante que se inicia no universo dos “panos” é a relação histórica que determina as condições de sobrevivência dos povos no contato com a natureza, fazendo nascer daí a moradia, a alimentação e a vestimenta.

Nessa relação, a casa e o tecido seguem caminhos paralelos: os corpos não sobrevivem estando nus, ou dormindo ao relento.

Dessa relação nascem ainda uma culinária e uma religião, pois é preciso agradecer a Deus “o pão nosso de cada dia”. Nasce também um sistema político, capaz de proteger a terra conquistada e garantir esse pão.

Explicar a relação entre a evolução do tecido, com as culturas primitivas, e a formação dos grandes impérios da Antiguidade é o motivo que me coloca aqui, agora, neste momento da minha trajetória acadêmica.

A evolução do têxtil, juntamente com a da arquitetura, marcou e documentou a trajetória das culturas humanas rumo aos sistemas sociais que garantem a sobrevivência dos seres humanos contra a selvageria dos animais.

Nos tempos primitivos, sobrevivia quem conseguisse comer; e com a pele dos animais caçados, vestiam-se os corpos, para resistir às intempéries e poder buscar lugares de terras férteis e cultiváveis em que a caça – agora não mais apenas para alimento – passou a pertencer ao domínio do sagrado. O sacrifício do cordeiro foi o primeiro grande marco da civilização: era necessário cobrir o sacerdote com a pele do animal, ofertar seu sangue sacrificado à divindade, para pedir bênçãos e colheita farta.





O pêlo do animal tornou-se um material nobre para cobrir o corpo. Seu uso simboliza sacrifício: se não é para Deus, é ofensa cultural ancestral, digna de ser gritada, hoje, em praça pública.

James Laver fala que o drapeado documenta a evolução da civilização, por que o volume e o brilho do tecido numa roupa foi, e ainda é, sinal de status e poder. O desenvolvimento da indumentária se deu por um caminho binário: vestimentas do norte e do sul, do Ocidente e do Oriente, da planície e da montanha, roupas quentes e frescas, tropicais e árticas e finalmente, masculina e feminina.

O Homo Sapiens se vestiu com a pele do animal caçado para alimentar a si e sua família. Tratar a pele para vestir o corpo era função da mulher, que através da mastigação, tornava a pele mais macia. Foi ainda na Pré História que surgiu o curtimento feito com ácido tânico, extraído da casca do carvalho e do salgueiro. Esta técnica é usada até hoje. É importante apontar para o fato de que ela documenta um modo de vestir de povos ainda nômades e habitantes de regiões de florestas densas, onde existem animais e árvores de grande porte como o carvalho. Toda essa tradição ainda existe e é assim que se vestem os esquimós.



O planejamento que acompanhou o deslocamento do Sapiens rumo às regiões de clima temperado foi a feltragem, desenvolvida com fibras animais e vegetais extraídas da casca de amoreira e figueira. No Egito essa técnica deu origem ao papiro e propiciou um têxtil intermediário entre a esteira e a tecelagem.


A tecelagem exigiu abrigo fixo, perto de terras férteis e de bons pastos para as ovelhas.


O linho, o cânhamo, o algodão e a lã, documentam a passagem das culturas humanas do estado nômade para o estado sedentário e agricultor.


Fixos em suas terras, com as fronteiras demarcadas, plantações e animais guardados e protegidos, os Sapiens já humanizados, começaram a guerrear para garantir seu território e conquistar mais.


Vestir o chefe do povo, o chefe da guerra, o chefe da fé e o chefe da família exigiu que de desenvolvessem modos eficientes de tosquiar o velo, fiar a fibra e dos fios tecer o tecido.


Primeiro o tecido, depois a roupa; sarongues, saias, mantos e calças, e por último, os sagrados véus, que são sagrados até hoje, por que sagrados são: o puro linho, o puro algodão, a pura seda e a pura lã.


Roupas curtas, longas, leves, pesadas, com manga, com franja, com brilho e por fim, as calças, roupa de bárbaro, que era vista como sinal alarmante da presença do estrangeiro invasor.


Resto de nômade, bárbaro sem terra, ainda habitava uma cabana que se transportava no lombo de seu cavalo.


Bárbaro isso, coisa de bárbaro, o homem de calça, aquele estrangeiro, que só balbucia a, precariamente, língua local. Atravessando o Vale da Sombra da Morte, entre o Tigre e o Eufrates, em seu cavalo árabe, vinha em caravanas trazendo a tão rara, fina e brilhante seda da China.


Quem era ele? Algum faraó? Não, era um persa, desses mercadores, que no Irã ou no Iraque, até hoje, estão lá.


A essa altura, já História, os homens puderam, não mais nômades, rendendo graça aos deuses, tornar-se sedentários e dedicar-se à agricultura.


Cultivando, plantando, colhendo abundante vegetação capaz de ser transformada em fibras fiáveis, fizeram surgir os tecidos de fibras vegetais nas planícies férteis do Nilo e da Índia.


As ovelhas, além de fornecer o leite para a amamentação das crianças e para a fabricação do queijo, deixavam-se tosar e, de seu pêlo, surgiu a lã – sagrada, no abrigo do homem montanhês, como nos conta a Bíblia na história de Davi, menino pastor, puro, simples, humilde e dócil como as ovelhas que pastoreava, e que conseguiu defender o povo judeu dos reis mercadores que cruzavam a Terra Prometida, a caminho do mar.


Mar em que se encontravam as águas quentes do fértil delta do Nilo, rico em algodão, e as do mar Mediterrâneo, pelas quais os mercadores vindos da Índia, com seus barcos cheios de especiarias e corantes, chegavam aos portos de Alexandria, para ali trocarem o que traziam pela lã dos persas, pelo algodão egípcio e a seda chinesa.


Diferente da moda, o estudo dos têxteis deve partir da evolução da indumentária masculina.


Os chefes de estado sempre usaram os tecidos mais preciosos para representar seu poder.


Os homens que falavam com os deuses sempre se vestiam e se adornavam com a pele e a pluma do animal, tido como o melhor e mais veloz mensageiro entre o homem e as forças da natureza.


A roupa do guerreiro era construída com a melhor tecnologia disponível, para resistir à luta e proteger o lutador em terras distantes, onde a natureza também era uma hostil inimiga a ser vencida.





O soldado romano sintetiza claramente essas características: ele foi o maior emblema do guerreiro da Antigüidade e, com seu escudo, seu coturno de couro e seu elmo, só não venceu a neve dos bárbaros germânicos.




A Bíblia é um livro sagrado, em cujos cantos e contos está a gênese da história da humanidade e de sua luta para dominar o planeta e conviver, ora em paz, ora de forma predadora, com as belezas e riquezas “criadas em sete dias”. Teimamos em não aceitar, mas esse primeiro documento nos traz não só conceitos religiosos, como ainda a evolução do homem no seu processo civilizatório, primeiro com o corpo coberto por armaduras de couro, lã e placas de metal e, depois, vitorioso em suas guerras, trajando-se soberbamente com sedas orientais, tingidas com corantes minerais extraídos dos mais raros corais do mar Vermelho, turquesas indianas e rubis africanos.


Minha intenção final, aqui, é apontar para esse rico veio documental que está nas Sagradas Escrituras, como material que comprova a importância da evolução têxtil nos modos de viver da humanidade e que, hoje, devem se aliar às questões da ecologia, para que possamos continuar a usufruir, de forma harmoniosa, daquilo que, em SETE DIAS, foi criado para nós de forma tão sagrada.



Texto escrito por: Queila Ferraz Monteiro

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Segunda aula: História da bolsa

Chamamos de Idade Média o milênio que começa por voltados dos anos 500 e se estende até cerca de 1500, isto é das invasões bárbaras e da destruição do Império do Ocidente até depois da tomada de Constantinopla.


Até o fim da Idade Média as bolsas desfrutavam de uma androgenia a parte, através de variações, tamanhos, ornamentos e capacidade interna peculiar a cada sexo. As bolsas masculinas, maiores que as femininas eram geralmente feitas de couro, peles, tecidos ornados com franjas, pingentes, bordados em fios de ouro, prata e pedrarias. Algumas bolsas chegavam a custar mais caras do que o ouro da época. As pochetes eram pequenas e chatas, presas bem rentes a cintura. Já os sacos eram maiores e suspensos por longos cordões, muitas vezes chegando abaixo do joelho.


Certas bolsas “especiais”, tinham o objetivo de carregar itens como remédios, tabaco, rapé, chaves, leques, escovas de cabelos e algumas foram desenhadas para armazenar relíquias e livros de oração, conhecidas como bolsas relicário.

No século XV as bolsas ainda continuavam a ser usadas suspensas pelo cinto tanto por homens como por mulheres. Na versão feminina era chamada de escarelle (palavra francesa escar, que significa avarento). Na versão masculina, estilo à bolso (um modelo retangular) e à esmoleiro (trapezoidal ou quadrada).


A prática medieval de dar esmolas deu origem a uma bolsa chamada Almoniere. Ela foi usada predominantemente nas Cruzadas, continuando no período Gótico e na Renascença. Designada para carregar moedas de ouro, foi dada pelo clero a membros das Cruzadas. Foram confeccionadas em seda, linho, veludo ou em couro, suspensas na cintura por cinturões ou cordões.



Durante o século XVI a demanda por bolsas cresceu de tal maneira que sociedades especializadas na confecção das mesmas começou a surgir por toda a Europa.


Durante o século XVI, as mulheres escondiam sob suas saias volumosas, seus pertences pessoais. Foi durante este período que surgiram os pockets (bolsos). Geralmente eram feitos em pares, ligados por fitas ou cordões para serem usados sob as saias e anáguas. Confeccionados em linho, algodão, sarja e flanela, no começo foram feitos sem muita ostentação já que ficavam escondidos. As saias possuíam uma abertura em cada lado para dar acesso a estes “bolsos”. As mulheres guardavam seus objetos pessoais neles.

Com a evolução da moda, mais e mais bolsos foram adicionados às roupas masculinas e no caso das femininas esses bolsos foram ficando cada vez maiores e mais profundos.


As mulheres do século XVII tinham o costume de carregar em seus bolsos, espelhos, sais de cheiro, garrafas de bebidas, leques, etc.



A bolsa estilo carteira, originária do século XVIII, foi usada tanto por homens como por mulheres para carregar documentos. Foi desenvolvida tanto em couro como em seda.

Os bolsos já conhecidos do século passado, tiveram papel importante no vestuário feminino do século XVIII. Com o passar do tempo, eles passaram a ser adornados com bordados e aplicações. Muitas mulheres os deixavam arrolados em seus testamentos, para amigos e parentes. Estes não eram designados para carregar dinheiro e sim pertences pessoais, já que existia outra bolsa para esse objetivo, e que veio a ser mais tarde a precursora da carteira.



No começo do séc. XIX as bolsas foram desenvolvidas em resposta as mudanças na indumentária feminina. As primeiras foram desenvolvidas para transportar objetos de acordo com a classe social de cada mulher, como lenços de mão, leques, cartas, cartões de visita. Desta maneira tornaram-se indispensáveis na Inglaterra e consideradas “ridicules” (ridículas) na França.


Com o progresso do século XIX, o termo francês “ridicules” passou a ser denominado “retícule”,termo este que foi usado tanto na França como na Inglaterra a partir de 1912 para designar as bolsas da época.

As primeiras retícules foram confeccionadas com o mesma cor e tecido do vestido, como o veludo e a seda, ornadas com alças de cordões ou correntes. Muitas destas bolsas foram feitas em casa por jovens que tinham habilidades manuais.

As retícules tornaram-se essenciais no traje feminino durante o primeiro império francês, o período neoclássico entre 1804 até 1914.

As retícules do século XIX, refletiam as mudanças da moda, e com o passar dos tempos, passaram a ser adornadas com pérolas, bordados, renda, fio de seda, cetim, couro, ráfia e madrepérola.

No começo do século XIX uma bolsa (reticule) foi usada para levar panfletos com mensagens sobre a emancipação dos negros.

Talvez, tenha sido vendida para arrecadar fundos para a “Sociedade de Senhoras Protetora dos Negros”, fundada em 1725.



Fonte: Escola SENAI “Maria Angelina Vicente de Azevedo Franceschini”

Primeira aula: História do patchwork



Existem registros históricos de que o homem faz acolchoados desde que aprendeu a tecer. No século IX a.C., os faraós já usavam roupas com técnicas similares. Existe uma versão de que esta técnica foi levada por comerciantes para o antigo Oriente, depois viajou para a atual Alemanha, até que chegou à Inglaterra no século XI, sendo utilizada para fazer tapetes e túnicas clericais. Mas os primeiros tapetes e acolchoados surgiram somente no século XVI, época de Henrique VIII, e costumavam ser presentes de casamento muito admirados. Os cavaleiros da Idade Média também usavam acolchoados como proteção, embaixo da armadura de metal.


Em meados do século XVII, a arte de quiltar chegou às Américas, mais especificamente aos Estados Unidos e Canadá. Trazida pelos colonizadores, era comum ver colchas feitas de linho ou , em panos inteiros ou a partir de medalhões centrais e bordas, que permitiam o aproveitamento total de retalhos, já que tecidos eram considerados preciosidade, assim como linhas e agulhas (que eram passadas de mãe para filha). As técnicas eram transmitidas pelas mães e avós para suas descendentes, assim surgiram muitas tradições relacionadas a tecidos, cores e desenhos. Uma tradição de meados de 1800 pedia que a moça fizesse doze colchas antes de poder casar, sendo que a última deveria utilizar os blocos Double Wedding Ring (dois anéis de casamento entrelaçados).


Durante a Guerra da Independência dos EUA, apareceram muitas colchas com motivos patrióticos e símbolos relacionados à revolução. A partir de 1795, apareceram os blocos de patchwork e as bordas "despedaçadas", mas ainda em torno de um medalhão central. Em 1800, no início da época dos pioneiros, surgiram os blocos Nine Patch (nove retalhos) e Grandmother's Basket (cesta da vovó). Em 1806, começaram a trabalhar as colchas totalmente em blocos, no que passou a ser conhecido como padrão de cadeia irlandesa.


Em 1851, a invenção da máquina de costura caseira foi patenteada, o que trouxe muitas novidades. Com isso, apareceram mais blocos, como Dresden Plate (prato de Dresden ou margarida), Texas Star (estrela do Texas), Grandmother's Flowers Garden (jardim das flores da vovó), Bear's Paw (pata de urso), Schoolhouse (escola) e muitos mais. A agilidade na execução aumentou e começaram a surgir revistas especializadas em moldes e padrões.


O estouro da Bolsa de Valores dos Estados Unidos causou a Grande Depressão, que durou de 1929 a 1939, fazendo com que as quilteiras precisassem aproveitar todo e qualquer tecido disponível, usando formatos como o Apple Core (miolo de maçã) e os triângulos, que permitiam aproveitamento total dos tecidos. Nessa época surgiram os equipamentos para aplicação e a bonequinha Sunbonnet Sue (Sue com chapéu de sol).



A revolução trazida pela Segunda Guerra Mundial e pela liberação feminina, na década de 1960, desvalorizaram um pouco a tradição do patchwork. Porém, em 1979, a empresa Olfa lançou um sistema inventado pelo Sr. Y. Okada, que utilizava um cortador rotatório, uma placa de base (para não deixar a lâmina perder o fio) e réguas com marcações, permitindo corte mais rápido e com precisão. Era para facilitar o corte da seda, mas adaptava-se tanto ao patchwork, que revolucionou e agilizou o mundo do patchwork.


Desde então, houve o crescimento no interesse por essa arte. Nos Estados Unidos, é um mercado que movimenta mais de dois bilhões de dólares estadunidenses. Encontram-se quilteiras no mundo inteiro, incluindo o Brasil, Japão, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Espanha, Dinamarca e muitos outros países.


Grandes indústrias têxteis desenvolvem anualmente tecidos especiais para o patchwork, assim como existem revistas, materiais e ferramentas que visam facilitar o trabalho. Os festivais promovem cada vez mais esta arte, que também pode ser considerada uma excelente diversão.


A cor é o elemento que mais chama a atenção numa peça de patchwork. O conhecimento da cor é uma boa base para obter ótimos resultados. Saber combinar as cores e os tons e conseguir uma harmonia entre eles, é um grande passo para quem deseja fazer um bom trabalho em patchwork.



Mini-curso sobre a história do patchwork e relacionados

Oi gente!

Bem, nas próximas postagens vocês vão saber mais sobre a história do patchwork e outras coisas relacionadas, como a história da bolsa e do tecido.


Espero que gostem!


Tchau!




Valen

segunda-feira, 13 de julho de 2009

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